Alquimista do Saber

“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.” Fernando Pessoa

Um dos maiores arquétipo da dor do homem é sempre a nostalgia, lembrar momentos inesquecíveis e únicos que não poderemos voltar, pessoas que partiram que nunca vamos poder reconquistar, amigos que já se foram e nunca mais veremos, tempos de escolas onde vivíamos em grupinhos que nunca se separavam e que hoje são como desconhecidos, amores que se apagaram em nós ou em outra pessoa, é muito doloroso lembrar disso, é doloroso saber que felicidades sempre possuem prazo de validade.


A incapacidade humana de não se conformar em ficar só, é ter sempre que precisar de outrem para que nos ajude a completar nossas felicidades e desejos, pois afinal sem elas quem seriam os espectadores das nossas felicidades e realizações? Por que é tão delicioso e angustiante a nostalgia? Acredito que é pelo nosso medo de não conseguir obter uma felicidade igual no futuro, já parou para pensar que o momento que mais refletimos sobre as alegrias do passado, é exatamente nas tristezas do presente.





A dúvida do porvir é o culto que fazemos do passado, nisso seguimos nossa peregrinação buscando fazer do presente, nunca o presente, mas sim as emoções do passado como o mapa da trilha do futuro. Isso é importante quando extrairmos dele experiência para não errarmos novamente, só que a maior parte dessa idealização nostálgica é o que nos aprisiona e paralisa na busca de caminhos desconhecidos.
 


A dor que mais sinto quando alguém vai embora se tornando nostalgia, são a de amigos, como é bom saber que temos amigos que são como irmãos, que no dia em que todos nos julgarem, esse amigo vai estar alí do teu lado dizendo que nada interferirá em seu amor, isso é mais lindo para mim do que o amor homem conjugal, eles são a parte de um todo que segue com você, que faz do presente a alegria, da nostalgia lembranças de dias tão bom quanto o presente e principalmente a esperança que no futuro essa amizade realizará vários sonhos em conjunto.


Obrigado amigos que já não estão comigo, mas permanecerão sempre em minhas belas nostalgias e os amigos que tenho certeza que junto comigo me ajudarão a sonhar e fazer que a nostalgia no futuro seja o riso delicioso do agora. Amigos verdadeiros! Os amo com a imensidão do oceano e com o brilho reunido de todas as estrelas.


Mais uma vez, novamente, sempre e eternamente, esse lindo poeta que me inspirou nessa postagem e colocou em poesia o sentindo de amar o que temos e que já não temos.


Fernando Pessoa - Dedicatória aos Amigos...

Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.

Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Até que os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro.

Vamo-nos perder no tempo.... Um dia os nossos filhos vão ver as nossas fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?" Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto! "

Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!" A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...... Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.


E, entre lágrimas abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes desde aquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo..... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida te passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades.... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"



ps.: A todos os meus verdadeiros e inesquecíveis amigos dedico esta postagem, aqueles que sempre respeitaram minhas diferenças, que relevaram meus momentos de furor, que se mostraram prestativo na minha dor, que me acompanharam em momentos de alegrias, que foram rudes em dizer o que fiz de errado, que ficaram triste quando algo na minha vida não deu certo que jubilaram com minhas vitórias... a vocês ofereço essas humildes palavras, mas se pudesse, por cada um de vocês compraria o mundo dos sonhos, onde nele vocês poderiam realizar qualquer desejo. Finalizo dizendo o clichê humano mais lindo de se ouvir. Amo vocês.

Saudações amigáveis e nostálgicas

4 Comentários:

Oi amigo cativado de tão perto e tão distante. Li seu texto ouvindo bob dylan e quando olho pela janela do meu quarto vejo um pássaro voando lindamente. Como toda a poesia do mundo colabora para que a leitura de seus textos seja perfeitamente catártica. Escrevi no meu blog sobre amar, depois dá uma passadinha la. Adorei sua poesia, como sempre e bendito seja eu por tudo quanto não sei, é isso tudo que verdadeiramente sou, gozo tudo isso (que está em suas palavras) como quem sabe que há o sol. Um abraço da sua amiga de vibração espiritual.

Ain ain toda vez que vc comenta aqui meus olhos começam a brilhar pela certeza que tenho de ser algo lindo o que vc for comentar, é sempre uma delícia e alegria compartilhar essa ideias com você que é tão inspiradora, obrigado pelas as palavras amiga de tão perto e tão longe.

Este comentário foi removido pelo autor.

De uma forma misteriosa era exatamente o que eu tava precisando ler hj. Obrigada

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Contato: wesley_diogenes@hotmail.com Quero explicar que o nome alquimista do saber vem da ideia de uma busca constante do conhecimento e do aprendizado, é como se fosse um aventureiro em busca de uma dialogia de filosofias para chegar a um determinado conhecimento, o nome do blog não passa de uma analogia e não se configura como uma prepotência da minha parte.

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