Alquimista do Saber

“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.” Fernando Pessoa



Todos os dias sei muito bem que a engrenagem do sistema me faz vivenciar seu ciclo pérfido de repetir e respeitar o que ele me obriga a fazer:  acordar; trabalhar; ganhar dinheiro e etc. Ou seja, repetir tudo o que foi feito ontem, me tornando assim uma máquina funcional que não pensa, apenas executa os comandos estabelecidos pelo os processadores eficazes que ditam cada passo e criação de como devemos viver.


Com tudo isso me sinto inerte e prisioneiro a um modo de vida que eu não posso improvisar, apenas seguir os parâmetros já programados por essa ignóbil sobrevivência controlada. O pior não é seguir esse sistema panóptico bem estruturado de homens-máquina, mas sim não encontrar saída, me deixando em uma matrix subconsciente, sendo livre apenas interiormente, sem novidade, surpresas e encantamento com o novo e o desconhecido.


Diariamente procuro subterfúgios através dos alteradores de consciência para que pelo menos por algumas horas seja eu mesmo, esquecendo assim tudo que irei ter que repetir ao acordar, nesse interstício busco epifanias, utopias, sonhos, uma sorte momentânea e é óbvio querendo algo que ainda não vivenciei, pro meu azar essa é uma estratégia 90% das vezes malogradas de sentir-se satisfeito e completo no meu viver, tentativas em vão de uma alegria paliativa que tem duração tão curta quanto um orgasmo de segundos que te leva ao paraíso para logo depois ter uma queda terrível nos fazendo retornar a realidade funesta do viver, aí você pensa será essa efemeridade maravilhosa apenas uma migalha dos deuses para que possamos acreditar que nossas vidas tem algum sentido, mesmo que seja por alguma horas nos dando motivação para depois como marionetes sorrirmos e darmos bom dia ao no novo dia em que tudo se repetirá?!


O que sei é que no dia seguinte acordamos pegamos o ônibus martirizamos silenciosamente no olhar absorto pela janela do caminho que você visualiza  todos os dias sobre o real sentido da vida,  várias vezes olhando o relógio na preocupação para não deixar de cumprir o horário, se indagando porque é necessário todos os dias repetir esse processo: trabalhar e depois se jogar como um pássaro abandonado que por pensar diferente do seu grupo  começou a voar solitário pelo céu vazio e sem nuvens na esperança quase morta de encontrar um lugar  feliz para repousar e não precisar de novos voos sem perspectiva e esperança para encontrar a tão sonhada paz de espírito e realização interpessoal linear e duradoura.



Afinal creio que existe uma linha tênue entre o pesadelo do viver e o sonho do querer, basta criar mecanismos que nos faça pensar subconscientemente o que nossa mente e vida esteja preparada pra vivenciar e experimentar na prática, apesar de todo meu pessimismo creio com todas as minhas forças que ainda encontrarei um arquétipo que me faça está querendo e sonhando apenas com o querer sem fim do viver e do amar.



Para finalizar essa prolixidade detestável vos indago: somos pássaros brilhantes, livres e sonhadores ou abutres vivendo das carniças e migalhas que o dia-a-dia nos oferece???

Saudações e Bons Voos a Todos

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Contato: wesley_diogenes@hotmail.com Quero explicar que o nome alquimista do saber vem da ideia de uma busca constante do conhecimento e do aprendizado, é como se fosse um aventureiro em busca de uma dialogia de filosofias para chegar a um determinado conhecimento, o nome do blog não passa de uma analogia e não se configura como uma prepotência da minha parte.

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