Alquimista do Saber

“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.” Fernando Pessoa

Infância inesquecível eu tive, rodeado de primos, de brincadeiras, aventuras, paixões platônicas, alegrias, futebol, namoricos, escolas, amigos que ficaram e outros que deixaram lembrança. Tive na minha infância alegria suficiente ao ponto de transbordar. Cheguei aos meus 17 anos e uma pessoa certa vez me perguntou: Cara, qual é o teu problema? Tu não esquenta com nada, não se preocupa com nada, sempre está alegre, parece que sempre está em 220w. Essa pergunta até hoje se passa pela minha cabeça é um inigma que não consigo decifrar em sua totalidade.

Acredito que a juventude é um pilar importante para construirmos nossa vida adulta, faço dela uma analogia com a brincadeira do cabra-cega, você tapa os olhos e com sorrisos nos lábios procura as pessoas que estão ao seu redor somente pelo tato. Você convive com aquela venda nos seus olhos e se diverte muito com a brincadeira, nesse momento quando seus olhos estão fechados, não sobressai pensamentos de angústias, medos ou preocupações, surge somente a vontade de continuar brincando, sorrindo e vivendo aquele momento alegre.


Cabra-Cega


À volta de incerto fogo
Brincaram as minhas mãos.
... E foi a vida o seu jogo!


Julguei possuir estrelas
Só por vê-las.
Ai! Como estrelas andaram
Misteriosas e distantes
As almas que me encantaram
Por instantes!


Em ritmo discreto, brando,
Fui brincando, fui brincando
Com o amor, com a vaidade...


— E a que sentimentos vãos
Fiquei devendo talvez
A minha felicidade!


Pedro Homem de Mello in "Jardins Suspensos"

Quando é tirado a venda tudo se transforma, os olhos que no anoitecer encontravam o repouso, se deparam com a tortura de não conseguir fechá-los. Fechados, algo impele a uma busca na alma e essa busca é tão nociva que o jeito é abri-los, abrindo-os, novamente a dor da realidade faz eles sangrarem e nesse vai-e-vem de abre e fecha vai-se a própria alma. Olhos incadescentes, flamejantes, solitários, misteriosos, dolorosos, mentirosos, quantas facetas da alma ele pode fornecer.
Você vive uma realidade criada por você mesmo, vai delimitando e adquirindo experiência com o passar do tempo, mudanças vão ocorrendo e você não consegue voltar para a brincadeira de antes, tiram sem pedir a venda surreal dos seus olhos deixando-os visualizar assustadoramente uma nova realidade, que você não consegue se reconhecer e conviver com ela. Lembro-me de tudo tão certo, tão previsível, tão real, tão objetivo. Ir pra escola de manhã, jogar bola a tarde ou brincar de outra coisa, assistir TV durante a noite, dormir e repetir o processo. Era rotineiro, mas sempre tinha algo especial, algo novo, algo valoroso, que os olhos daquela época não se davam contam, mas que hoje notam muito bem, rememorando as lembranças do passado. Não quero ser nostálgico, mas alguém poderia colocar a venda novamente nos meus olhos e dizer que voltei para a brincadeira? Seria tão complicado assim?!
Quem sabe se conseguir colocar de novo a venda, consiga transformar o que vejo e o que sinto em coisas boas. Andarei pelo bosque e parafraseando Tosltoi não verei apenas lenha e sim belas árvores, repleta de pássaros coloridos e com sons maravilhosos, quem sabe ouça melhor as pessoas e aprenda mais com elas, posso conseguir também sentir melhor o aroma das coisas, quem sabe o que achava amargo antes se torne doce como o mel, poderia até dizer que o fedia poderia se transformar em um belo perfume, talvez consiga sentir a leveza do vento em meu rosto, consiga extrair alegrias puras, singelas, simples, porém extramamente ricas. É possível olhar a vida com outros olhos? É possível ver a beleza de um raio sofrendo uma terrível tempestade? Dar de transportar a racionalidade exarcebada para uma leveza de uma boa anedota?

Saudações Visuais a todos

Que todos nós passamos por momentos difícies é inegável, a vida é uma caminho tortuoso e sinuoso cheio de dificuldades e situações adversas, às vezes somos superpreendidos pela morte de um ente querido, da perca de um grande amor, de uma grande amizade ou às vezes somos tomados por uma dor que nem nós sabemos da onde vem, ela surge sorrateiramente como um vírus que você não consegue identificar, só consegue saber que existe uma dor, mas não sabe onde encontra-se essa dor...

Esses dias ouvi uma frase que sucinta bastante o que estou falando. O que seria uma boa saúde mental? Segundo as definição em um congresso de psicologia "É saber responder com coerência as adversidades da vida." Será que estamos sendo coerente com as adversidades que estão sendo apresentadas em nosso teatro da vida? Muitos tem respostas fáceis, está sentindo um vazio? Olhe para o céu e peça a divindade superior e Ele resolverá todos os seus problemas. Deus é a solução! Mas me pergunto, como seria Ele a solução se o que eles dizem é que Ele é o criador de tudo, se Ele é o criador de tudo, foi Ele que criou essa situação, se Ele quem criou, porque deveria eu pedir para que Ele a transformasse? Muitos dirão, mas Deus escreve certo por linhas tortas - Resposta de cristãos quando não se encontra resposta objetivas para algumas indagações - Se ele sabe tudo do início ao fim, não preciso pedir nada porque segundo os Cristão tudo já tá escrito é o chamado Alpha e Ômega - O Princípio e o Fim.

Na verdade acredito em algo superior, algo que está bem próximo de nós e muitas vezes não conseguimos enxergar, algo que virou interesse recíproco e não consegue encontrar raízes e nem pronfudidade para que seja confiável.
A Amizade! Abaixo finalizando deixo esse poema de uma amizade que eu necessito, de algo que para mim é uma solução maior do que uma bengala espiritual que nunca vi e que o bom senso não me permite acreditar. Uma coisa tenho certeza, um dia irei olhar para trás e rir de tudo isso.

PRECISO DE ALGUÉM

“Preciso de alguém que me olhe nos olhos quando falo. Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência. E, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos. Preciso de alguém, que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado; alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso.
Nesse mundo de céticos, preciso de alguém que creia, nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível: A Amizade. Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa. Preciso de um Amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida. Mesmo que isto seja muito pouco para suas necessidades.
Preciso de um Amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias, e que no meio da tempestade, grite em coro comigo: 'Nós ainda vamos rir muito disso tudo', e ria muito. Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher meu Amigo. E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela. ”
Cris Passinato.
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Para concluir vos deixo esse belo vídeo que confronta essa bengala espiritual que todos insistem em me oferecer.






Saudações Transcendentes a todos.

Nesse relato contarei um pouco das raízes epistemológicas abstraídas durante minha busca alquimista pelo saber.
Quando ainda tinha 14 anos fiquei encantado pelos livros através da boa escrita de Artur Conan Doyle, com seu emblemático personagem, Sherlock Holmes e seu ajudante Wattson, desde daí passei a ler as aventuras, os mistérios e o suspense dessa leitura, passando assim a mergulhar em um oceano de imaginação e ação criadora dentro de mim, fui lendo outros livros similares que não me recordo no momento, seguido pela bíblia que lia diaramente no meu período cristão aos 15 anos. Ler a bíblia, despertou em mim o interesse pelo dicionário, devido sua linguagem rebuscada, começou assim uma relação amorosa entre mim e os verbetes desconhecidos, que contribuíram demasiadamente para minha linguagem.

Logo que saí da igreja, os livros que outrora eram proibidos, começaram a ser devorados de forma desesperadora. Conheci a literatura russa, em especial Dostoiévski que até hoje é meu escritor preferido, divagando por literatura alemã, francesa, inglesa e colombiana. Me dedicava nessa época ao teatro, que fiz por 3 anos no colégio Armando Nogueira através do sublime mestre Assis.


Em junho de 2006, ano em que estava concluindo meu ensino médio, algo novo surgiu no colégio, nos murais anúncios de uma oficina de filosofia denominada Prazer e Filosofia, ministrada pelo então desconhecido Marcos Afonso, que só conhecia através da política em suas campanhas eleitorais. Essa seria a primeira turma da Usina de Arte João Donato. Fiquei empolgado com anúncio até ver que o processo de seleção seria apenas para os alunos de 1º e 2º ano, eu que fazia o 3º já estava de fora. Decepção, que logo seria superada por uma imensa alegria. Meu professor de teatro citado acima, que já conhecia o Marcos me indicou para participar da oficina mesmo sendo do terceiro ano. Com uma boa recepção do Marcos fui selecionado e fui o único participante do 3º ano dessa oficina, que mudaria de forma gloriosa e engrandecedora meus conceitos de cultura, arte, filosofia e cinema.


Nessa oficina que teve uma duração de 3 semanas, sendo realizada de segunda à sexta na Usina de Arte João Donato, já no primeiro dia fomos supreendidos por um professor entusiasmado e simpático falando Carpe Diem para todo mundo, entrei inquieto dentro do auditório me perguntando o que seria Carpe Diem, logo depois conseguiríamos entender o seu significado assistindo pela primeira vez o indescritível filme Sociedade dos Poetas Mortos, foi com a inspiração desse filme que começamos a desenvolver nossa sensibilização a filosofia, através de outros filmes renomados e ricos filosóficamente, ouvindo músicas brasileiras, Bossa Nova, MPB, Rock, conhecendo músicas latinas, indianas, chinesas, cubanas, americanas e por incrível que pareça até cantos gregorianos. Nessas três semanas cada dia era um universo novo de conhecimento da arte, posso até afirmar que era uma submersão nas profundezas do conhecimento filosófico, que anteriormente nunca se passava pela cabeça dos participantes daquela oficina, que existiria.

Nos sentíamos vibrantes com tanto aprendizado, fomos a Xapuri, visitamos museus, vimos pinturas de artístitas plásticos famosos e etc. Vejo totalmente impossível descrever os detalhes dessa oficina. O término dela chegava, estava exultando com o que tinha aprendido e triste por saber que já ia finalizar. Mas antes de ela encerrar, recebi um pedido ultra-dimensional, organizar sem a ajuda do Marcos um encerramento da oficina com uma apresentação cultural no teatro da Usina de Artes. Iria ter que dirigir e ser o arauto dessa apresentação, que mobilizaria, o diretor, professores e coordenadores da escola Armando Nogueira, além da direção da Usina de Artes, familiares, convidados em geral para assisti-la...



Era uma aventura grandiosa que não posso deixar de descrever, nessa oficina que continha 40 alunos do primeiro e segundo ano, que foram selecionados através de uma seleção com 30 perguntas feita pelo Marcos Afonso para 400 alunos inscritos do colégio. Desses selecionados, tínhamos cantores, músicos, poetas, dancarinos, atores, ou seja, uma gama de pessoas extramamente capazes e habilidosas em suas artes, o objetivo era reunir todas essas artes em uma única apresentação, que teria que ficar pronta em apenas 3 dias... Oo... 3 dias de correria, de idéias, de reuniões, de ensaios, de preparo, de opinões, de refutações. Estávamos quase para enlouquecer, mas por fim, obtivemos um excelente resultado com um encerramento inesquecível para todos que participaram dessa Oficina única.

Acabou a oficina, mas estávamos alimentados de sonhos, artes e um olhar filosófico sobre várias coisas, contínuamos nossas vidas, mas com uma leitura mais rica, com um outro olhar cinematográfico e um melhor desempenho escolar.

No ano de 2007 tive a oportunidade de conseguir realizar mais um sonho, trabalhar em uma Biblioteca, e a vaga oferecida era para récem inaugurada Biblioteca da Floresta Marina Silva, participei junto com 100 pessoas de mais um processo seletivo que selecionaria apenas 30 estagiários. Depois de um rigoroso processo de seletivo, fui selecionado. Quando entrei na Biblioteca, conheci algo que era bem diferente do que pensava, comecei a gerar uma visão nova sobre tudo. Enfim, fui ecolhido entre os 30 para ser um dos guias da primeira exposição da Biblioteca da Floresta, chamada Nossa Terra, foram vários treinamentos com doutores de biologia explicando a formação da terra e o movimento das placas tectônicas, palestras do próprio Alceu Ranzi sobre os geoglifos e outros palestrantes de arqueologia que explicaria a Megafauna existente aqui no Acre a mais de 8 milhões de anos atrás.




Tudo isso parece muito, até eu ter a surpresa de ver novamente o Marcos Afonso na Biblioteca, mais surpreso fiquei quando soube que ele não estava apenas visitando, mais conhecendo o seu novo local de trabalho, foi uma grande alegria, alguns meses se passaram, e uma proposta irrecusável foi oferecida gentilmente pelo Marcos, ele convidou eu e a minha melhor amiga que trabalhava na Biblioteca para ser o nosso tutor filosófico. Nesse acompanhamento, todos os dias recebíamos em nossos e-mails uma indagação filosófica que teríamos que refletir durante todo o dia, recebíamos filmes para assistir e livros para ler. Depois de 8 questões filosóficas fazíamos um encontro para discutir o que aprendemos. Colocarei as três primeiras questões que recebemos uma pequena amostra do conteúdo desses e-mails.
1ª - Os homens já amanheceram de seus sonhos? Ou ainda estão prisioneiros na Caverna de Platão? Ou ainda sonâmbulos no Édem? Ou ainda anestesiados, em expansão entorpecida na sua longa Viajem através do Cosmos?
2ª - Você está acordado ou o dia está sendo o prolongamento do seu sonho?
3ª -Desde quando o homem tomou consciência de que possuía consciência, consciência em si, e essa foi a maior iluminação da história do pensamento, ele maravilhou-se com o externo e a interação de seu self com ele . Em que instante isso se deu? Que lampejo de luz ele experimentou? Ou foi algo natural, como atestar que além dos dedos das mãos haveria o décimo primeiro imaginário? (o que já seria uma hipótese fascinante!), ou mesmo ele não tenha percebido que estava tomando consciência de si?
Essas são questões que lançamos ao horizonte, e o máximo que vemos é uma tênue névoa embranquecida.
Mas é delicioso perguntarmo-nos.

A partir de então, o homem passou a trabalhar racionalmente em suas quatro dimensões: a altura, a largura, o comprimento e o tempo. E deu início a toda uma construção de pensamento nesta base.

A Terceira Questão Filosófica é:

- Quando o homem tomou consciência do seu mundo ele criou uma nova dimensão? Adentrou em um Universo Paralelo?
É ou não é extramamente profundo a riqueza dessas indagações? Essa são apenas as três primeiras e editadas porque são de conteúdo pessoal.
Logo depois, dois técnicos da Biblioteca começaram a participar desse mesmo processo. Um mês depois a Biblioteca realizava com todos os seus funcionários uma Oficina chamada Nosso Tempo e Nosso Espaço com o Marcos Afonso. Quando terminou a oficina novamente uma pergunta nos foi feita, e agora?
Assim, surgiu a primeira Sociedade de Philosophia do Acre no dia 10 de maio de 2008.

Os 24 primeiros filósofos da Sociedade Philosophia
Até hoje é uma alegria imensurável pra todos que participam dessa Sociedade, onde todas reuniões aprendemos sobre filosofia e arte baseando-se no livro Mundo de Sofia, que faz uma ordem cronológica do grandes pensadores da humanidade. Tenho uma imensa honra de ser um dos moderadores de apoio dela. Dia 10 de maio de 2009 comemoramos um ano de Sociedade e preparei um vídeo retrospectivo referente ao que foi realizado nesse período de reuniões filosóficas que acontecem de 15 em 15 aos sábados no auditório da Biblioteca da Floresta sempre às 16 horas. Assistam o vídeo que eu preparei para essa data especial de 1 ano da Sociedade:

Se você chegou até aqui, conheceu um pouco de minha história e minhas aventuras, espero que a estrada que percorro e a encenação do teatro da vida continue me dando presentes maravilhosos e enriquecedores como esses citados acima.
Uma coisa eu tenho certeza, apesar de todas as dificuldades e pedras no caminho, apenas duas setas direcionam minha vida, a que aponta para frente e para o alto.
Saudações Filosóficos a Todos.

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Contato: wesley_diogenes@hotmail.com Quero explicar que o nome alquimista do saber vem da ideia de uma busca constante do conhecimento e do aprendizado, é como se fosse um aventureiro em busca de uma dialogia de filosofias para chegar a um determinado conhecimento, o nome do blog não passa de uma analogia e não se configura como uma prepotência da minha parte.

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Brilhar para sempre,

brilhar como um farol,

brilhar com brilho eterno,

gente é para brilhar,

que tudo mais vá para o inferno,

este é o meu slogan

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Os que mais amam são os mais egoístas - Dostoiévski


Já dizia Dostoiévski em os Irmãos Karamazov: "SE DEUS não existe e a alma é mortal, tudo é permitido"


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"Um alquimista é aquele que vive sua lenda, Desbrava o desconhecido, que sabe que para chegar ao impossivel tem que caminhar por caminhos impossiveis. Brilha sua luz!Sua individualidade coletiva questionadora. Vamos nessa! Navegar é preciso." Clenilson Batista

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