Alquimista do Saber

“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.” Fernando Pessoa

Existe coisas na vida, que podem ser o fim ou recomeço. Todas perdas sempre vem acompanhadas de novas conquistas, novos horizontes e novas tentativas. Exemplo: Quando você anda com um grupo de amigos e por algum motivo não anda mais, acaba abrindo espaço para andar com novas pessoas que podem ser mais interessantes ou lhe trazer algo novo. Minha vida foi sempre de perdas e recomeços, fico triste por não valorizar as perdas, de não criar raízes para tornar mais difícil as despedidas ou fazer com que não as aconteça, mas isso sempre foi algo muito difícil. Queria ser um pouco mais flexível, mais emotivo, sentimental, fugir um pouco da racionalidade e me aventurar por um mundo desconhecido onde não tenha medo de descobrí-lo, que aprecie uma rosa sem evitar tocá-la com o medo de me furar com seu espinho, são tantas vontades e desejos...
Tenho esperança que uma adolescência repleta de dúvidas possa trazer um conhecimento vindouro mais substancial e seguro. Essa fase juvenil é coberta de mudanças e questionamentos, são eles extramente essenciais para o forjamento do caráter, das relações interpessoais e de nossa personalidade.
Pensando em algo mais científico do que estou falando, trouxe uma entrevista concedida para o site Olhar Virtual da Universidade Federal do Rio de Janeiro com duas psicólogas sobre os desafios dessas mudanças na pós-modernidade.

Olhar Virtual: As fases da adolescência e da juventude são momentos marcados por intensas modificações e questionamentos acerca da realidade. Que aspectos do mundo contemporâneo tornam esses dados ainda mais complexos para o jovem?

Luciana Gageiro: Com o acirramento do individualismo, a instauração da sociedade de consumo, a globalização econômica e cultural, as bases de sustentação de ideais coletivos e relativamente estáveis se dissipam. Nesse contexto, os ideais de liberdade e autonomia tornam-se radicais, de modo que é dito aos jovens que seu futuro depende única e exclusivamente deles. Eles entendem que devem romper com o passado e com as tradições, para que possam se destacar do todo pela sua singularidade e autenticidade. Assim, o caminho em direção a uma travessia da adolescência complica-se, na medida em que o jovem não encontra na cultura referências que possam lhe auxiliar neste momento de “passagem”.
Olhar Virtual: Como a relação do jovem com a família e com a sociedade mudou nos últimos anos? Quais as influências da disseminação do uso de drogas e do aumento nos níveis de violência nessa relação?
Luciana Gageiro: A tarefa de educar jovens hoje se torna bastante complexa e desafiadora. Os pais e os profissionais que lidam com jovens enfrentam dificuldades, particularmente, nas questões referentes ao exercício da autoridade, à indisciplina e ao descompromisso. Por outro lado, as mensagens veiculadas pela mídia trabalham em cima de um estereótipo de jovem como aquele que é livre, que não se submete às regras e que pode, portanto, gozar de todos os prazeres da vida. Prevalece, atualmente, a lógica da exclusão, do não-reconhecimento das diferenças, do embotamento do desejo pelos padrões de prosperidade e comportamento impostos pelo consumo, nos quais o jovem deve se enquadrar, sem espaço para a sua subjetividade. A violência e o uso abusivo de drogas e álcool podem ser entendidos como respostas dos jovens a estes imperativos sociais. Nesse sentido, a esses jovens, controle não falta, o que falta é perspectiva, é desejo. E essa problemática não se restringe à família, mas se trata de algo que envolve toda a sociedade. Há que se pensar formas pelas quais os pais e a sociedade possam refletir sobre os impasses na educação dos jovens no mundo contemporâneo para tentar assim oferecer a eles um cenário diferente.
Olhar Virtual: Zigmunt Bauman, autor polonês, em seu livro Amor Líquido, ressalta a fragilidade das relações humanas na pós-modernidade e enfatiza que é necessária muita ousadia para assumir compromissos de longo prazo. As relações amorosas dos jovens estão, de fato, mais efêmeras e superficiais? Como o jovem do mundo atual encara o amor e o casamento?

Jacqueline Cavalcanti: No livro Amor Líquido, Bauman trata da fragilidade dos vínculos humanos, e entre eles inclui o vínculo amoroso-sexual. Discute essa fragilidade a partir de determinadas condições sociais e culturais do nosso tempo, chamado por ele de "modernidade líquida". Duas importantes características desse tempo são a ênfase que o indivíduo dá a sua própria liberdade e à possibilidade de ter uma vida consumidora. Nesse contexto, ser livre para viver sem restrições, sem constrangimentos ou cerceamentos, e ter opções e poder escolher aquilo que mais o apraz são aspectos essenciais para o indivíduo. É a partir desse contexto que as relações amorosas devem ser pensadas. Assim, muitas vezes, o jovem busca relações amorosas mais superficiais e efêmeras porque esta é uma maneira de ele se aproximar de um outro e, ao mesmo tempo, manter a sua liberdade individual, e o seu campo de opções em aberto. Isto não quer dizer que o jovem não tenha relacionamentos mais intensos e duradouros, mas sim que esta não é a única forma relacional possível. Ademais, ao se pensar na duração de um relacionamento é preciso ter em vista que a noção de tempo hoje é diferente da de outrora. Na atualidade, nos grandes centros urbanos, há uma aceleração no ritmo de vida, na valorização do movimento e da velocidade que tem impacto sobre o modo como as relações acontecem.
Com relação ao amor entre duas pessoas, ele é visto pelo jovem de uma maneira mais contextual e pragmática, isto é, ele diz respeito a condições de vida concretas e específicas de cada um dos parceiros. No momento em que estas condições acabam, o amor acaba ou se transforma. Quanto ao casamento, ele continua fazendo parte dos projetos de muitos jovens, porém o casamento não é a única dimensão da vida valorizada por homens e mulheres. Paralelamente ao desejo de vir a se casar, os jovens esperam querem concluir os seus estudos, ter uma carreira ascendente e uma vida profissional de sucesso.
Saudações pós-modernas a todos

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Contato: wesley_diogenes@hotmail.com Quero explicar que o nome alquimista do saber vem da ideia de uma busca constante do conhecimento e do aprendizado, é como se fosse um aventureiro em busca de uma dialogia de filosofias para chegar a um determinado conhecimento, o nome do blog não passa de uma analogia e não se configura como uma prepotência da minha parte.

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