O tempo voa e com ele amadurecemos e nos entristecemos, com ele sonhamos e nos desestimulamos, não é hora para filosofar eu sei, também não sei se é a hora para se comunicar, tudo é tão distante que parece que escrevo no meio do mar, sozinho, sem auxílio nenhum, em busca de socorro e escrevo em um pequeno papel e coloco dentro de uma garrafa, sabendo que ela é apenas um sonho de um retorno que pode nunca mais voltar...

Caminhamos uma estrada cheia de paisagens, de novidades, de decepções, nos atormentamos quando a estrada não consegue ser apenas reta e plana, quando não precisamosfazer escolhas e decisões por onde devemos caminhar, queremos apenas seguir em frente e a passos lentos. É bem fácil seguir uma rotina e não gerar riscos a si mesmo com o medo de errar, mas é encantador buscar atalhos, conhecer novas estradas, novas paisagens, viver aventuras, sonhar, acordar, aprender e por que não ensinar?! Se tivermos a consciência de seguir nossas vidas ao moldes do cosmos, sempre vamos querer nos movimentar e fugindo da monotonia e de sermos previsíveis, esconderemos um mistério em torno de nosso próprio ser, criaremos buracos negros para retermos tudo que é bom e estaremos sempre sempre caminhando em volta de nós mesmo, do sol e das galáxias. Isso não é megalomania é a certeza de termos uma essência única, perfeita, harmoniosa e cheia de milagres que é a vida.

Falar de sonhos já virou clichê, mas que tal falarmos de algo que sempre tentamos não encarar que é a própria introspecção. O que aconteceria se todos realmente conhecessem pelo menos metade de si mesmo? Se todos conseguisse visualizar seu erros e tentar não cometê-los mais? E se estivéssemos sempre buscando um aperfeiçoamento através do nosso autoconhecimento. Gosto de me indagar, gosto de indagar as verdades absolutas e quem sabe criar uma própria.
Quantos mistérios encontram-se em coração de um homem, e mais ainda de um menino como eu.
Tudo no mundo, que sempre gira e sempre se torna mutável, permanece em sua órbita absoluta?
pausa & poesia
Restos de ontem não amanhece o dia & o melhor de tudo é deixar acontecer pra ver que sol vai dar, qual o caminho que aponta a inspiração & por qual canção inaugurar o silêncio da manhã. sedução de calma & poesia. nenhuma pressa me interessa. A cidade que mora em mim não se desespera. Não atravessa o farol fechado, não faz o sinal da cruz & não paga pecado. Nem inferno & nem paraíso, afinal, todo juízo é pouco & quando muito, exagera. Contemplações à parte. preciso & necessário é reinventar a paisagem mesmo sendo simples viagem do infinito possível. Acredito & levo fé. Não se constrói nenhum futuro sem estar no presente. Utopia não é teoria na selvageria onde brigam o querer & poder em vias de interesses & pretensões, mas sim um arco teso disparando setas cujo alvo é & sempre será a paz & o amor. Digo sim, o riso & o risco na mesma companhia, desgarrados & de boca em boca, de voz em voz, o mesmo canto. A mesma surpresa da concepção & a mesma plasticidade. Idade de perdurar a maravilha do sonho sobre a vida. Digo amém a quem possa interessar a sintonia dos elementos poéticos que vivem em ondas de considerações, entre muitas vozes, criando elos de celebrações & encantamentos. Digo sim a todos que repartem existência & convivência estimulando a reflexão entre a vida & a arte. Pausa para olhar & ver & descobrir a poesia como o óbvio do novo, refazendo a festa, a farra & segurando a barra nas freqüências das paixões.
zhô bertholini
Saudações Cósmicas