Alquimista do Saber

“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.” Fernando Pessoa

" Não é que tenha perdido a cabeça, só não lembro onde a deixei"



Além de não saber onde deixei minha cabeça, não sei também onde coloquei minhas emoções, o brilho dos meus olhos, enfim parece-me que me tornei um ser pensante-vegetativo simultaneamente, tudo é superficial, sem raízes alguma com nada. É como se o sabor das coisas tivesse sumido, a alegria nunca conseguir ultrapassar as fronteiras de uma pequena efemeridade e o sorriso ser apenas um disfarce dos lábios, que ajuda a conter as lágrimas que os olhos insistem em querer derramar.



Pragmatismo é uma companheira fiel dos medos existenciais que me cerca. A Vida descolorida, desbotada, as perspectivas falhas, as utopias amordaçadas, a capacidade de criar sufocada por uma angústia sem fim, a ansiedade aterrorizante, a solidão que persegue até quando estou acompanhado de uma multidão. O passado nostálgico com o ônus de um dia ter sido feliz, um rastro de remotas lembranças de tempos coloridos e belos. A dor sufocante de não saber qual o motivo da dor e não saber em que local dói é tão terrível quanto uma dor física insuportável.


A letargia me acompanha como se nada tivesse acontecido, como se tudo fosse apenas surreal, e o que é real causa cautela e espanto, pelo medo dilacerante de querer arriscar. Tornei como um cristal muito frágil que precisa ser coberto com barreiras para protegê-lo, tais como: maquiavelismo e pradonizações de normalidade executadas por um aparelho cerebral altamente organizado em um demasiado pragmatismo repleto de inanição cíclica.



O aprendizado extraído disso tudo é único, o conhecimento endógeno se torna palpável, as descobertas que foram retiradas dos lugares mais recônditos e inóspitos do meu âmago, me faz ter um conhecimento muito grande sobre a construção do que eu sou, do que fui e do que eu possivelmente possa ser. Essa introspecção traz o reconhecimento dos erros, das dificuldades, dos pontos frágeis, traz à tona a sujeira que é minha existência. Traz consigo descobertas como a falta de flexibilidade e leveza nas coisas tornando o mundo muito sério e perigoso. Isso tudo é como um vírus invisível que penetra sorrateiramente no organismo destruindo aos poucos todas as minhas forças, impregnado de medos constantes, limitando minha capacidade, deixando-me vulnerável e principalmente SOLITÁRIO.





"Saudações solitárias e sorumbáticas a todos"

6 Comentários:

A adolescência pé uma fase da vida em que as pessoas estão testando a máquina. É comum nesse período perderem a cabeça.

Corrigindo:
A adolescência é uma fase da vida em que as pessoas estão testando a máquina. É comum nesse período perderem a cabeça.

"A dor sufocante de não saber qual o motivo da dor e não saber em que local dói é tão terrível quanto uma dor física insuportável"

Grande e verdadeira fase..
as vezes ao sentirmos uma certa solidao faz com que possamos conhecer melhor a nos mesmo! É nessa hora que vemos nossas principais virtudes e tb defeitos.. e uma fase de aprendizado!

abraços.. e parabens pelo o blog!


Rhamom Menezes

Eu adoro tudo isso... ainda sabendo q vc esteja envolto por uma película fibrosa q te protege das tuas fraquezas, é muito bom perceber q nem isso é capaz de te derrubar! Vc sabe da minha enorme admiração! ♥

Você sabe o quanto acho que somos parecidos.. o quanto acha que temos muito em comum.. Será que também estou pra perder minha cabeça?
PS: Você tem futuro.. como escritor, como filósofo... Segue em frente. E eu sei, a arte e as coisas mais belas estao nas coisas tristes.
Paula Lima.

Sedutoras palavras, brilhantes pensamentos.

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Contato: wesley_diogenes@hotmail.com Quero explicar que o nome alquimista do saber vem da ideia de uma busca constante do conhecimento e do aprendizado, é como se fosse um aventureiro em busca de uma dialogia de filosofias para chegar a um determinado conhecimento, o nome do blog não passa de uma analogia e não se configura como uma prepotência da minha parte.

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